Desde tempos imemoriais, as famílias da freguesia de Castro Laboreiro praticavam um modo de vida singularíssimo, baseado na deslocação sazonal entre as brandas e as inverneiras. Duas vezes por ano, toda a parentela, animais e pertences, mudavam de casa, de acordo com o clima da serra da Peneda e o calendário religioso. Por mais pobres que fossem, todas as famílias possuíam duas casas, muito semelhantes em dignidade e dimensão. A arquitetura única de Castro Laboreiro, resultado dessa prática, é detentora de características únicas a nível nacional. Essa prática de nomadismo ainda existe, mas está em vias de extinção devido ao despovoamento e às alterações climáticas. Em breve, esse modo de vida tornar-se-á uma narrativa histórica com contornos de lenda.
bibliografia
- Malheiro, D. M. G. (2016, 15 marzo). RUL: Arquitectura de transumância : entre as brandas e inverneiras de Castro Laboreiro. http://repositorio.ulusiada.pt/handle/11067/2070
- Pinto, L. (2022). Castro Laboreiro: entre brandas e inverneiras. Madrid, España: Díaz de Santos.
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www.patrimoniodonorte.wordpress.com