Tradições e expressões orais
Conceções míticas e lendárias
Arbo
Melgaço

Diz a lenda que algo mais do que lampreias vivia nas águas do Rio Minho: as feiticeiras. Com uma aparência humana, mas com uma essência sobrenatural, amedrontavam os habitantes das vilas de Arbo e Melgaço, levando para o fundo do rio os pescadores e barqueiros que os provocavam (ou que elas cativavam). Em outras versões, é dito que quando elas subiam à superfície, na sua sedutora forma humana, perseguiam jovens, meninos e homens. O seu poder era tão grande que bastava abrir a boca na sua presença para ficar possuído e sem alma. A única forma de atravessar o rio era colocar uma pedrinha ou moeda na boca, para não correr o risco de abri-la na presença das míticas criaturas. “Os corajosos que ousavam atravessar a nado tinham que colocar um coio na boca que os impedia de falar caso uma feiticeira lhes perguntasse algo durante a travessia”

bibliografia

  • Miranda, R. X. /. (2023). A Flor Da Auga / the Flower Water: Historias De Encantos, Mouros, Serpes E Cidades Mergulladas. Xerais De Galicia Edicions.

Créditos da imagem de destaque

Livro "A flor da auga" (Xerais, 2006) de Xosé Miranda e Antonio Reigosa