Os Romanos acreditavam que entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos havia uma fronteira. Essa fronteira era o rio Lethes, também chamado o rio do esquecimento porque as suas águas tinham como efeito apagar a memória, esquecer tudo o que aconteceu em vida. As almas dos mortos reuniam-se à beira do rio, aguardando a sua vez de beber um gole de água, e só depois entravam na barca que as levaria à outra margem.
No ano de 136 a.C. um exército romano comandado por Décios Junos Brutos fez muitas conquistas no território que na atualidade é Portugal.
Os soldados atravessaram o Tejo perto da ilha de Almourol, depois o Zêzere, o Mondego, o Vouga e o Douro sem problema nenhum. Mas por qualquer motivo que se desconhece, quando se aproximaram da margem do rio Lima ficaram aterrorizados e recusaram-se terminantemente a sulcar aquelas águas, porque se convenceram de que aquele era o tal rio Lethes, o rio do esquecimento que conduzia ao mundo dos mortos!
Brutos, não conseguia convencê-los do contrário, então para dar o exemplo, atravessou para o lado de lá, levando consigo apenas o estandarte com as águias, que era o símbolo do Império Romano.
Quando chegou à outra margem, acenou e gritou que estava vivo e não se tinha esquecido de nada. Só então os soldados resolveram segui-lo.
bibliografia
- G. (2020, 23 junio). Lenda do Rio Lima – Rio Lethes | Ponte de Lima. https://folclore.pt/lenda-do-rio-lima/
- Lenda do Rio Lima. (s. f.). https://www.altominho.pt/en/viver/lendas-e-tradies/lenda-do-rio-lima/
- PINHO LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de Portugal Antigo e Moderno , Livraria Editora Tavares Cardoso & Irmão, 2006 [1873] , p.Tomo IV, p. 93
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