Romaria da Senhora da Agonia

Desde 1744, a Virgem da Agonia é venerada em Viana do Castelo, invocada pelos pescadores para que o mar lhes seja benigno. Refere-se a 1772 onde uma ordem régia autorizou a realização de uma feira na cidade, nos dias 18, 19 e 20 do mesmo mês. Desde então, a romaria da Senhora da Agonia tornou-se numa das mais belas, alegres e grandiosas festas populares de Portugal.

Vários cortejos animam os três dias de festa, acompanhados por muita música e pessoas com os mais belos trajes tradicionais minhotos. O cortejo dos “majordomos”, acompanhado de foguetes e bandas, saúda a Comissão de Festas e os mais altos representantes da cidade. Terminam na Praça da República onde as “zambombas” fazem vibrar os seus enormes tambores e desfilam os “Gigantones”, enormes e estranhas figuras que vieram de Santiago de Compostela há mais de cem anos para animar a Peregrinação da Agonia. Também há o cortejo etnográfico, com carros que relembram os costumes do trabalho minhoto, a terra e o mar, constituindo um verdadeiro museu vivo de etnografia. Por outro lado, a procissão marítima simboliza a ligação profunda da cidade com o elemento que forjou a sua história e parte da sua sobrevivência, o mar.

A imagem da Senhora da Agonia, com seu manto roxo e azul, é colocada numa traineira entre foguetes e o repicar de sinos, para abençoar o mar e que seja sempre generoso com o sustento. A embarcação que transporta a Virgem navega por entre uma procissão de centenas de barcos com bandeiras nos mastros, regressando ao final do dia à sua capela barroca, que permanece de portas abertas à devoção.